Quando se quer comprar uma casa não há remédio a não ser poupar. É que por mais que a avaliação do imóvel possa ser alta, ou que haja instituições que dão um empréstimo para cobrir os custos iniciais... o ideal é sempre ter e precaver ou evitar certas situações.


Decidimos que este ano queríamos poupar e, de preferência, mais que no ano passado.
O nosso objectivo é, todos os meses, tirarmos uma parte do ordenado para a conta poupança que temos, cortar em alguns gastos desnecessários e aproveitar o dinheiro do IRS e dos subsídios de natal e férias para juntar mais ou amortizar o empréstimo do carro (e assim poupar nos juros).

Quando falei nisto no Instagram, acabei por dar algumas dicas de poupança que são, nada mais nada menos, que aquilo que usamos para juntar dinheiro. São pequenas coisas que têm funcionado para nós e que não parecem clichês que se ouvem ou lêem na net.

1- pagamos o supermercado sempre com o cartão de refeição. Se as compras do mês ainda deixarem dinheiro nesses cartões, tudo o que der sai primeiro deles, em vez de das nossas contas normais.
2- deixámos de fazer compras semanais no Lidl e passámos a fazer compras mensais no Jumbo (porque a Deco diz que é o hiper mais barato). Assim, poupamos, em média, 40€ mensais.
3- usamos sempre os cartões de desconto dos supermercados. A minha mãe costumava juntar o ano inteiro no cartão Continente e no fim pagava as compras todas de dezembro mais os presentes de natal.
4- aproveitamos os cartões que nos dão descontos noutros sítios. Por exemplo, o cartão do Pingo Doce e o de refeição dão desconto na gasolina... e até os cartões de fidelização são bons.
5- não vamos muito a restaurantes, mas quando vamos usamos aplicações como o The Fork ou o Mygon. Além do desconto imediato, às vezes, acumulam pontos que nos dão refeições grátis.
6- mudámos de conta bancária para uma sem comissões e que nos dá 0,7% em juros trimestralmente.
7- tentamos renegociar contratos de vez em quando para baixar os preços dos serviços.

Algumas destas coisas podem não parecer poupanças efectivas, mas são reduções de custos. E, se guardarmos todos esses pequenos "excedentes" é óbvio que estamos a juntar mais dinheiro para cumprir o nosso objectivo.

Isto de decorar uma casa dá trabalho quando é preciso conjugar dois estilos diferentes.


Hoje em dia, parece cada vez mais fácil decorar uma casa. Pelo menos, parece que as pessoas sabem melhor aquilo que gostam e não gostam e, com tanta informação e imagens de inspiração que há na internet, é fácil ter uma ideia de como conjugar as coisas.
Mas, esta conversa toda muda quando há duas pessoas, dois gostos distintos... e apenas uma casa.
É que, por mais que não se importem de ter um estilo de decoração diferente em cada divisão, há sempre aquela vontade de que haja alguma coesão...

Para nós, o início estava meio conturbado no que tocava a este assunto. Eu tinha uma visão muito clara das coisas e o moço nem por isso...

Eu via o quarto com um estilo nórdico com toques boho e a sala num nórdico mais moderno. Ele só dizia que gostava de madeiras mais escuras e de toques mais industriais.


Tanto o estilo nórdico, como o industrial e o boho estão muito na moda e, apesar de haver elementos transversais a todos estes estilos, há coisas que não combinam nem pouco mais ou menos!!

O nosso processo:

 Começámos por pensar que já tínhamos toda a minha mobília de quarto. A cama é branca, as mesas de cabeceira e a cómoda são brancas com pés de madeira - muito nórdico!
Decidimos que só compraríamos alguma coisa para colocar por cima da cama. Eu queria um tronco comprido com nós em macramé, o moço queria um quadro grande.
Acabámos por comprar, em promoção, um quadro triptico, de madeira, com uma mandala - um bocado boho!



Para a sala, eu só tinha dois elementos obrigatórios, O sofá com chaise long cinzento e as típicas cadeiras brancas da Sklum (que já conhecem).
Depois de algumas imagens, escolhemos o tipo de mesa de jantar e o pai do moço fê-la para nós.
Fiquei toda contente porque encaixava no meu estilo meio nórdico.
Só faltava móvel de TV, mesa de centro e tapete.
Para o tapete, chegámos a um meio termo: eu queria branco e preto, geométrico. Ele não achava muita piada aos geométricos todos certinhos. Resultado? Um tapete preto e branco com um geométrico meio tribal.
Móvel de TV e mesa de centro não temos. Só temos uns provisórios feitos pelo pai do moço até alinharmos os nossos gostos!

O escritório foi todo feito à mão pelo meu sogro. É mais ao estilo do moço, todo industrial, mas é um espaço que também gosto bastante!

Assim, só falta falar do hall! Não nos decidíamos nem por nada... Não gostávamos de nada e o que gostávamos não era amigo da nossa carteira.
O pai do moço surpreendeu-nos com um que qualquer dia mostro (ahah).



Mas, olhem, ainda assim, continua a ser complicado. Sentimos ambos que ainda falta muita coisa. E falta porque não conseguimos arranjar um meio termo!
Mais alguém tem estas questões quando toca a conjugar dois estilos?

Cheguei à conclusão que é tudo provisório... e isso não tem mal nenhum!


Já não vinha ao blog há imenso tempo mas, como se costuma dizer, ano novo, vida nova!
Ou mesmo que não seja vida nova, ao menos que seja um espírito novo para a mesma vida... Uma lufada de ar fresco ou algo assim!

Este ano não pedi desejos... nunca como passas mas, desejos costumo pedir. Para 2020 decidi não pedir nada e deixar o ano rolar, sabendo que o que vier virá e sabendo que é tudo provisório e pode mudar do dia para a noite.

Não escondo, nem nunca escondi, que o meu maior sonho, neste momento, é arranjar uma casa em Lisboa. Arrendar é quase impossível, tendo em conta os preços e, apesar de comprar compensar, a capital continua a ser mais cara que a periferia e é preciso ter, no mínimo, 10% do valor do imóvel.
Tinha a ideia quase definida que este ano seria o ano em que isso acontecia mas, sabendo o que sei hoje, meti na cabeça que, o mais provável, é que a compra de uma casa só aconteça depois de passarmos a efectivos no nosso trabalho... o que é bom porque nos dá mais um ano ou dois para juntar dinheiro.

Mas isto é tudo provisório, right? Ninguém me garante que fique nesta casa até comprar uma. Ninguém me garante que tenhamos o mesmo emprego para o ano. E, by the way, ninguém me garante que a vontade de viver em Lisboa continue... nunca se sabe, mas posso vir a preferir ficar em Almada!

Ter esta noção bem entranhada vai ser a melhor resolução para este ano. Não há planos, não há pressões. Não há uma obrigação para cumprir calendário e fazer as coisas quando "têm de ser feitas"...
É que é tudo provisório, sabem? E, isso, não tem mal nenhum!

Ontem à noite fiz umas perguntinhas sobre a vossa casa no Instagram.
Foi super esclarecedor em alguns pontos e acho que serviu para nos conhecer-mos melhor!


Comecei a interacção a perguntar se viviam numa casa alugada ou comprada, se estavam a viver na zona onde sempre imaginaram, que tipologia de casa tinham e se a remodelaram ou mantiveram como estava.
Depois entrei em perguntas mais sérias e quis saber se mudavam de casa, caso pudessem, e porquê, o que procuram numa casa e a torna ideal para vocês e, a quem comprou, perguntei se pediram crédito para fazer face ao valor de entrada da casa e às despesas iniciais e se os bancos puderam entraves no crédito.
Para desanuviar, no fim, fiz perguntas mais soft sobre o vosso estilo favorito de decoração e o que gostavam mais de ver pelo blog e pelo instagram.

Antes de mais, quero agradecer a toda a gente que respondeu. Ao início parecia pouca gente, mas as resposta continuaram a chegar e fizeram com que o que partilhei ontem já não estivesse suficientemente actualizado.

Começando pelo início: a maior parte de vocês já tem casa própria, sendo que 78% das pessoas que responderam admitiram já ter conseguido comprar. O curioso foi ver que uma percentagem relativamente semelhante, 67%, diz que não tem casa onde sempre imaginou.
Mais tarde perguntei porque é que acabaram por viver num sítio que não é o que sempre imaginaram e a maior parte das respostas esteve relacionada com os factores financeiros ou com o facto de terem mudado de estilo de vida (da cidade para o campo, por exemplo) o que acabou por lhes ser melhor.

Foi engraçado perceber que a grande maioria das pessoas que respondeu tem um T3. Imaginem só que somando quem respondeu T1, T2 e T4 somado, dá o mesmo número de pessoas que respondeu T3. Além disso, há quase tantas pessoas a ter um T1 como um T4.



Já agora, à pergunta sobre as remodelações, as percentagens andaram muito tempo muito próximas, acabando por, no fim, ficar 58% optou por remodelar, enquanto 42% manteve - o que pode ter muito a haver com o facto de haver casas alugadas que não permitem mudanças.

Indo para as questões mais sérias da coisa, a maior parte de vocês disse que mudaria de casa se pudesse.
Os motivos para mudarem estavam muito relacionados com o facto de não viverem onde gostariam e quererem voltar às vossas cidades, por terem falta de espaço ou até por terem espaço a mais ou por estarem em situações que sabem que são provisórias.
Mas, como há quem não queira mudar, também há motivos bons para isso:  adoram a casa e a localização e estão a fazer remodelações e sentem que a casa tem a vossa personalidade.

No que toca à parte que envolve dinheiro: 57% de vocês já o tinha e não teve de pedir ajuda para os custos iniciais. Por outro lado, mesmo na hora de pedir crédito habitação, houve vários entraves que foram sentidos por algumas de vocês. Apesar de haver quem tenha tido sorte, que diz que os bancos só pediram as condições normais e fiadores, há quem diga que todos os bancos puseram entraves e muitos, principalmente relacionados com os contratos de trabalho.

Para terminar, deu para perceber que o vosso estilo de decoração é muito parecido com o nosso, andando por volta do estilo nórdico/escandinavo, do industrial e do boho. Pormenores branquinhos, clean e muito uso de matérias naturais.

Depois de mostrar no Instagram o meu uso de papel de contacto, eis o post!

O papel de contacto é, nada mais, nada, que um autocolante. Pode ser efectivamente feito de papel mas, na grande maioria dos casos, é feito de um material à base de PVC, resistente à água.


O truque é escolher o papel que se quer e colar com jeitinho. O ideal é uma à mão uma espátula ou qualquer coisa dura, para ajudar a aplicar sem bolhas e, para cantos arredondados, à quem molde o papel com a ajuda de um secador.

Há papeis lisos, texturados, matte, brilhantes, com efeito mármore, a imitar madeira... Há de tudo... Até já há pepel de parede deste género, que é só tirar a parte de trás e colar. Ah, e papel que parece mosaicos e azulejos... Lindo!

Eu forrei o meu portátil, mas isso, vocês já viram no insta. Mas há quem renove cozinhas inteiras, modifique móveis, dê uma nova cara aos electrodomésticos, transforme o chão... Vejam alguns exemplos de antes e depois que vi na internet.










Eu comprei o meu rolo no AliExpress e o meu computador está uma coisa de outro mundo. Quem está tentado a experimentar?

Muita gente nos pergunta, "porquê um T3 se vocês são só dois?"

A resposta até é bem simples e não precisa de grande explicação! Nós não precisávamos de um T3, não precisávamos de uma casa mega grande. Apenas precisávamos de espaço!


E quando eu digo que precisávamos de espaço, refiro-me a uma coisa muito simples: a minha mobília de quarto, que estava na casa da minha mãe, tinha de caber na casa que escolhêssemos. Cama, cabeceiras, cómoda e, de preferência, o toucador também!
Para além disto, era fundamental termos uma área para escritório, que podia, ou não, ter janela.

Ainda assim, há quem pergunte o porquê de um escritório. O moço é programador e ainda está na universidade. Tem trabalhos para fazer, tem projectos.... e com a possibilidade de trabalharmos de casa, dá jeito!

Com isto: as pesquisas que fazíamos eram de apartamentos de T1 para cima, sem especificações de área, mas, de preferência, ligeiramente remodelado para não termos que fazer nada.
Estas pesquisas eram sempre ordenadas por preço, por isso, tanto podíamos apanhar T1+1, T2 ou T3.

Visitámos casas destas tipologias todas e fizemos propostas para T2 e T3. Percebemos muito rápido que além dos preços estarem altíssimos, as casas eram pequenas e sem arrumação. Imaginem um quarto em que se tiverem de colocar um roupeiro, ou não cabe a cama, ou não abrem a porta.

A casa onde estamos foi a primeira que visitámos, mas não foi a única a que fizemos proposta e entregámos os documentos necessários.
Acabou por ser um T3, mas é um T3 com roupeiros embutidos em dois quartos e um no corredor, é um T3 com dispensa, e até é um T3 jeitosinho.

Dito assim, parece que é uma casa gigante, mas na realidade não.
A mesa de jantar está no pequeno nicho da sala onde mal dá para puxar as cadeiras para nos sentarmos, se a quisermos abrir, temos de a virar ao contrário... Ah, e a mobília que tinha de quarto em casa da minha mãe? Está dividida pelo nosso quarto e pelo closet. É que cada divisão só tem uns 2,5m por 3 e para além da cama e das cabeceiras, não cabe mais nada, a não ser a mini cómoda num mini-nicho que parece feito à medida.

E já agora, vou ser o mais sincera possível: é um T3 que custa o mesmo, ou até menos, que alguns T1 em Lisboa, e como o nosso objectivo era que sobrasse o máximo de dinheiro ao fim do mês, preferimos vir para este T3 que ficar "pior" na cidade que mais gostamos.

Estamos os dois no mesmo banco e começámos a pensar em mudar.

Hoje em dia há muitos bancos e há muitos factores a ter em conta quando se escolhe um banco. Por norma, há tendência a ir pelo que os pais já têm ou pelos que têm parcerias com as universidades mas, a verdade, é que o tempo muda e as características das contas também!


Falando sem medo das palavras: ambos temos conta na Caixa Geral de Depósitos e andava tudo a correr bem, mas de repente, a maioria dos bancos decidiu actualizar os seus preçários.

No início desde ano, deixámos de ter contas sem anuidade e sem comissões de manutenção. Eu deixei de ser universitária e passei a ter uma conta dita normal com um custo de 18 euros por ano mais 5 e pouco por mês e o moço passou a ter comissões de manutenção na conta universitária, mas sem anuidades.
Ainda andei uns meses num vai não vai com a Caixa e lá me sugeriram passar para uma conta Caixa S, sem anuidade e com um custo mensal de 2,80€ mais imposto de selo.

Pensámos que não havia grande coisa a fazer porque quase todos os bancos estavam a mudar isto e, de repente, mais uma mudança! As contas poupanças deixaram de ter um juro de 0,5% para passar a 0,15 e, posteriormente a 0,015%.
É que anda aqui uma pessoa a poupar, a juntar dinheiro numa conta à parte e depois nem uns cêntimos vêm! A gota de água nas poupanças foi quando começaram a dizer que só iam pagar a quem tivesse mais de 6666€ nas contas, porque assim dava 1€. Não o fizeram mas começámos mesmo a ficar de pé atrás!

Hoje - literalmente hoje - saiu uma notícia no Público sobre o "gigantesco" aumento de comissões da CGD. Resumindo, as transferências por MbWay passam a custar 88,4 cêntimos, passa a haver uma taxa mensal de 0,35€/mês para quem recebe mais que o salário mínimo e a minha conta Caixa S passa a custar 3,33€ por mês. Assim, do nada, só na minha conta, são mais 20€ de custos anuais (se só contarmos com uma transferência mensal no MbWay).

Decidimos começara procurar opções na net e tínhamos alguns requisitos específicos:
- sem comissões de manutenção de conta
- sem anuidades
- sem custos no MbWay
- a melhor taxa possível na conta poupança

Parecendo que não, existem ainda uns 4 ou 5 bancos sem comissões nem anuidades e mais uns quantos sem custos no MbWay. Depois era só ver a parte das poupanças.
Encontrámos uns que nos davam 2% nos primeiros três meses e depois descia, outros que davam 5% num certo período e por aí em diante.

De qualquer forma, chegámos à conclusão que quase todos os bancos que temos em mente, estão a parecer mais vantajosos que a CGD.
Estamos seriamente a ponderar ir a um balcão dos CTT e ver como tudo funciona.
Alguém tem conta lá que possa partilhar a experiência?

"Temos bichos" foi a frase que mais disse ao longo de uma semana.. GOD!!!

Vocês nem imaginam o horror que foi! É que esta história podia acontecer a qualquer um, mas foi quase um choque para nós!







Começando do início. Em Agosto estivemos de férias, fomos ao Algarve e tal mas, a maior parte do tempo passámos na quinta da avó do moço. Como a quinta não é muito longe de casa, acabávamos por lá passar de vez em quando.

Numa dessas passagens, na sala, senti uma ligeira comichão no braço. Olhei e era um micro-bicho, com menos de um milímetro a passear todo contente. Matei e ignorei... Como não voltei a sentir e não vi mais nenhum, segui com a minha vida e continuámos com as nossas férias.

No principio de Setembro voltámos a casa. O moço foi para o escritório e pôs-se no computador e eu fui para a sala ver televisão... Passado um bocado: comichão no braço. Micro-bicho. Outra vez!
Fui ao escritório e o meu discurso foi mais ou menos este "estava na sala e senti comichão no braço e era um bicho muito pequenino, mais pequeno que se fizeres um toque com a ponta do lápis numa folha".
Não sabíamos de onde aquilo vinha nem que tipo de bicho era, mas como não voltei a sentir, deixei. Voltei para as minhas séries e pimba... AGAIN!

Começámos a ficar preocupados a pensar que podia ser alguma coisa que tivesse vindo com o tapete. Já estávamos a pensar levá-lo para a quinta para o lavar de uma ponta à outra como se não houvesse amanhã.

Passado um bocado, eu precisei de ir à casa de banho. Não sei o que me deu naquela altura mas acendi a luz. É que, quem me conhece sabe, eu adoro andar às escuras em casa. Ao acender a luz reparei que o lavatório estava cheio de pó por causa do tempo que estivemos de férias e porque tinha entrado pó de tijolo das obras do andar de cima pelo extractor de humidade.
Lá pequei no meu paninho e pus-me a limpar. Quando olhei para o autoclismo...

Morri! Caiu-me tudo! Corri para o escritório para chamar o moço "Temos bichos... temos bichos" Sem exagero, eram dezenas ou centenas de micro-bichos a passear pela tampa do autoclismo e da sanita!

Oh meu Deus! Estávamos à toa. De onde é que aquilo tudo veio? Que bichos são aqueles? Não temos insecticida, o que é que fazemos?

Foi a primeira vez, desde que fomos viver juntos que eu não me senti adulta... Quase chorava de medo, nervos e confusão... Liguei logo para a minha mãe que fez milhentas perguntas "voam?", "estão onde?"... Ela lembrou-se, e bem, que podiam ter vindo do extractor juntamente com o pó de tijolo. Disse para comprar insecticida e meter em toda a casa de banho, incluindo para dentro do extractor.

Matei os bichos com água e fechámos a casa de banho. Como temos duas não foi um grande problema.
No dia seguinte comprámos insecticida. Quando chegámos a casa estava tudo cheio desses bichos outra vez. O lavatório mais parecia os 101 dalmatas... Enchemos tudo de insecticida e estivemos dois dias sem lá entrar.

Do dia seguinte, encontrámos na escada a responsável pelo condomínio que disse que isso aconteceu a toda a gente mas em pequenas quantidades diárias. Nós como estivemos de férias, apanhámos com a acumulação dos vários dias.
Quando passou a ser seguro entrar na casa de banho, tapámos os extractores das duas casas de banho com fita-cola e nunca mais tivemos bichos.

Agora, para além da sensação horrível que foi não me sentir adulta, temos de aguentar com isto assim porque mais três andares do prédio vão entrar em obras!

No outro dia pedi nos stories dicas para quem vai comprar casa.

Foi muito engraçado ver que algumas pessoas responderam com digas que, apesar de parecerem "chapa 5", são muito importantes.
Desde já, agradeço à menina mais participativa, a Laura do @19.cheiodeluz


Das primeiras coisas a ter em conta é que comprar uma casa, por mais provisório que possa parecer, é, na realidade, uma coisa para o futuro. Mesmo que se pense que é só por uns anos, o mais normal é que acabem por ser mais anos que isso e há muita coisa a ter em conta!

- Pedir crédito dá trabalho - não basta pensar "vou ali ao banco e já está". Até pode bem acontecer porque existe uma ligeira facilitação hoje em dia e parece que as condições para conseguir crédito são menos apertadas... A questão é que os créditos não são todos iguais e variam muito de banco para banco. Não tem mal nenhum andar de porta em porta e fazer as contas todas. Analisar TAN, TAEG, Euribor, Spreads... é que pode parecer muito bom e depois acabar por não ser tão vantajoso assim!
By the way, para facilitar ligeiramente, já há alguns serviços e, até mesmo sites, que ajudam a fazer esta comparação de créditos, só é preciso é lembrar que os sites mostram condições genéricas que não estão adaptadas a cada caso específico!

- Definir um budget e respeitá-lo - às vezes esta parte é muito difícil. Vai-se ao banco, sabe-se mais ou menos o dinheiro que se pode conseguir, mas há sempre aquela esperançazinha nas avaliações de que possa vir mais um bocadinho... "A casa parece muito boa mas se eu gastar mais X pode ser melhor". O problema é que depois não há esse dinheiro extra e, como não se respeitou o budget inicial, acaba-se com uma frustração imensa porque se deixou fugir uma casa que podia ser a ideal.

- Ter algum pé de meia - por mais que o branco empreste dinheiro, não há cá borlas e não há quase nenhum empréstimo a 100%. Além disso, para além do dinheiro que é preciso ter para dar de entrada, é preciso ter noção que se paga muito mais coisas, sejam elas a escritura, o imposto ou todos os outros documentos necessários para o processo!

- Procurar com tempo e em todo o lado - há muitas imobiliárias por aí, grandes, médias pequenas... Muitas! Também há muitos sites imobiliários... mas, também há sítios menos comuns onde estão casas à venda que podem compensar, como o OLX e o Facebook Market. E como encontrar a casa ideal não é tarefa fácil, é preferível começar à procura com um tempinho de antecedência para não se estar dependente de prazos e decidir em cima do joelho.

- Não comprar por impulso - relacionado com a dica anterior, quando as pessoas estão apertadas de tempo têm tendência a pensar "Não era bem isto, mas por agora é o que se arranja" e depois o que é que acontece? Compram uma casa que não gostam, num sítio que não é o ideal e acabam por se arrepender mais cedo do que o necessário.

- Uma casa não é só a casa - ver a casa e gostar não chega. É que às vezes adoramos a configuração, o tamanho, a luz e ela bem que podia estar noutro bairro, ou noutro prédio... Como é um compromisso a longo prazo, é um must analisar a zona, ver como são os acessos, os estacionamentos, se há escolas boas perto... Já agora, ver as condições do prédio, como funciona o condomínio e tentar perceber como são os vizinhos!

- Ter atenção a possíveis obras - muita gente vende casas a precisar de remodelações completas e muita gente vende casas que só precisam de uns toquezinhos. Tudo isso requer dinheiro e, por vezes, licenças e autorizações. Mais vale estar prevenido e saber isso de antemão para saber o que se pode e consegue fazer.

- Respirar fundo - o processo pode ser longo e complicado. Há muita coisa que pode correr mal e é preciso ter isso em mente. O crédito pode não ser aprovado, pode não dar para ter o valor que era esperado, a avaliação pode ser muito baixa, o dono da casa pode rejeitar a proposta... Por tudo o que pode acontecer, é preciso respirar fundo e pensar que devagar se vai ao longe. É que desesperando, ninguém vai a lado nenhum!

- Comemorar a escritura - No dia que se assina a escritura, é-se dono de uma casa! E isso é coisa para comemorar, minha gente!!

Estas são apenas algumas das dicas que saíram da questão do Instagram. É bem possível que haja mais, mas se houver, depois falamos nisso!

Já estamos a viver a dois há seis meses e parece que estamos sempre a aprender.

Apesar de já sermos namorados há quase cinco anos e de já termos passado vários verões juntos e de passarmos os fins-de-semana sempre os dois, há muita coisa que se aprende quando começamos mesmo a viver juntos na mesma casa, sem mais ninguém...




Ao longo destes seis meses, estas foram algumas coisas que me fui apercebendo:

- Viver juntos não é estar sempre juntos - por mais que toda gente saiba isto, quase ninguém o diz. Há sempre aquela esperança que por estarmos na mesma casa se esteja mais tempo juntos e que haja mais "tempo de qualidade". Mas a verdade é que não é assim. Nem tem de ser, mesmo! Nós estamos muito tempo juntos, trabalhamos e vivemos juntos e, por mais que gostemos um do outro, não queremos estar sempre colados.
Sabe-nos tão bem estar uns minutinhos juntos e depois ir cada um para o seu lado, fazer as suas coisas... Ainda faz com que seja melhor aquele bocadinho que dedicamos 100% um ao outro.

- Há sempre coisas para reclamar - eu reclamo das meias espalhadas pelo chão, ele reclama dos cabelos que caem. Eu reclamo que ele tem mais espaço para pôr a roupa, ele reclama que eu gosto de andar às escuras. Mas reclamar faz parte e até pode ser saudável, desde que as coisas não se tornem impedimentos para a vida conjunta!

- Os dois vamos engordar - vamos engordar e já engordámos! Não pedimos muitas vezes comida de fora, mas de vez em quando sabe bem não ter de cozinhar. E, mesmo quando se cozinha, os pratos preferidos e que tendemos a querer comer mais vezes, são mais "gordos" que os outros...

- Por mais que se limpe, está sempre sujo - hoje limpamos aqui, amanhã limpamos ali e depois o primeiro sítio já está sujo. Ainda por cima, nesta casa, em que o chão é claro... E a roupa? Nunca mais acaba!

- Não temos de gostar do mesmo - seja no que toca a decorar a casa, nas coisas que comemos, nos programas que vemos ou na música que ouvimos, podemos ter gostos diferentes! É preciso haver um bocadinho de compromisso de ambas as partes, mas a coisa funciona.

Acreditam que há mais mensagens deste género que não nos passam e nos deixam para descobrir sozinhos?

Sair de casa já dá aquele friozinho na barriga, e quando se deixam os animais, pior ainda!

Em 2012 a minha mãe decidiu que estava na altura de adoptarmos uma cadela. A minha avó tinha alzheimer e havia muitos estudos que comprovavam melhorias nas pessoas doentes, por causa da convivência com os animais de estimação.
Como a minha tia tinha um casal de cães, quando nasceu uma ninhada, dissemos logo que ficávamos com uma menina. Chamámos-lhe Luna e era (e ainda é) a coisa mais fofa de sempre!


É quase impossível descrever o amor que a Luna tinha pela minha avó, e o que a minha avó tinha por ela era ainda mais indescritível. Andavam sempre juntas e, por mais que a minha avó lhe trocasse o nome, ela tomava conta dela sem pestanejar.

Depois da minha avó morrer, a Luna passou toda a sua energia para a minha mãe e adoptou quase como se também fosse mãe dela... mas não era por isso que eu e a minha irmã não tínhamos direito à nossa dose de mimos. Festas enormes quando chegamos a casa, beijinhos, pedidos de festinhas e todas essas coisas que os nossos amigos de quatro patas são capazes de fazer!

Quando comecei a pensar sair de casa, senti logo que ia ter saudades da minha bicha. Mas ia mesmo acabar por sair e era óbvio que ela não iria comigo, fosse para que casa fosse. Quer os senhorios deixassem ter cães (coisa que estes não deixam), a Luna ia sempre ficar em casa com a minha mãe!

Agora, passados seis meses de estar fora de casa, sinto uma falta desta menina e da atenção e amor que ela dava mesmo sem pedir... Vou montes de vezes a Lisboa para estar com a minha mãe e aproveito sempre para subir até casa para ter mais um bocadinho daquela festa ao abrir a porta, daqueles saltos doidos de alegria e daqueles miminhos bons da minha bicha!

É engraçado como somos capazes de viver uma vida inteira tão bem com um ser que não fala connosco, só nos ama por instinto!