O que ninguém nos disse sobre viver a dois

Já estamos a viver a dois há seis meses e parece que estamos sempre a aprender.

Apesar de já sermos namorados há quase cinco anos e de já termos passado vários verões juntos e de passarmos os fins-de-semana sempre os dois, há muita coisa que se aprende quando começamos mesmo a viver juntos na mesma casa, sem mais ninguém...




Ao longo destes seis meses, estas foram algumas coisas que me fui apercebendo:

- Viver juntos não é estar sempre juntos - por mais que toda gente saiba isto, quase ninguém o diz. Há sempre aquela esperança que por estarmos na mesma casa se esteja mais tempo juntos e que haja mais "tempo de qualidade". Mas a verdade é que não é assim. Nem tem de ser, mesmo! Nós estamos muito tempo juntos, trabalhamos e vivemos juntos e, por mais que gostemos um do outro, não queremos estar sempre colados.
Sabe-nos tão bem estar uns minutinhos juntos e depois ir cada um para o seu lado, fazer as suas coisas... Ainda faz com que seja melhor aquele bocadinho que dedicamos 100% um ao outro.

- Há sempre coisas para reclamar - eu reclamo das meias espalhadas pelo chão, ele reclama dos cabelos que caem. Eu reclamo que ele tem mais espaço para pôr a roupa, ele reclama que eu gosto de andar às escuras. Mas reclamar faz parte e até pode ser saudável, desde que as coisas não se tornem impedimentos para a vida conjunta!

- Os dois vamos engordar - vamos engordar e já engordámos! Não pedimos muitas vezes comida de fora, mas de vez em quando sabe bem não ter de cozinhar. E, mesmo quando se cozinha, os pratos preferidos e que tendemos a querer comer mais vezes, são mais "gordos" que os outros...

- Por mais que se limpe, está sempre sujo - hoje limpamos aqui, amanhã limpamos ali e depois o primeiro sítio já está sujo. Ainda por cima, nesta casa, em que o chão é claro... E a roupa? Nunca mais acaba!

- Não temos de gostar do mesmo - seja no que toca a decorar a casa, nas coisas que comemos, nos programas que vemos ou na música que ouvimos, podemos ter gostos diferentes! É preciso haver um bocadinho de compromisso de ambas as partes, mas a coisa funciona.

Acreditam que há mais mensagens deste género que não nos passam e nos deixam para descobrir sozinhos?

Cláudia Carvalho

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