Sair de casa já dá aquele friozinho na barriga, e quando se deixam os animais, pior ainda!
Em 2012 a minha mãe decidiu que estava na altura de adoptarmos uma cadela. A minha avó tinha alzheimer e havia muitos estudos que comprovavam melhorias nas pessoas doentes, por causa da convivência com os animais de estimação.
Como a minha tia tinha um casal de cães, quando nasceu uma ninhada, dissemos logo que ficávamos com uma menina. Chamámos-lhe Luna e era (e ainda é) a coisa mais fofa de sempre!
É quase impossível descrever o amor que a Luna tinha pela minha avó, e o que a minha avó tinha por ela era ainda mais indescritível. Andavam sempre juntas e, por mais que a minha avó lhe trocasse o nome, ela tomava conta dela sem pestanejar.
Depois da minha avó morrer, a Luna passou toda a sua energia para a minha mãe e adoptou quase como se também fosse mãe dela... mas não era por isso que eu e a minha irmã não tínhamos direito à nossa dose de mimos. Festas enormes quando chegamos a casa, beijinhos, pedidos de festinhas e todas essas coisas que os nossos amigos de quatro patas são capazes de fazer!
Quando comecei a pensar sair de casa, senti logo que ia ter saudades da minha bicha. Mas ia mesmo acabar por sair e era óbvio que ela não iria comigo, fosse para que casa fosse. Quer os senhorios deixassem ter cães (coisa que estes não deixam), a Luna ia sempre ficar em casa com a minha mãe!
Agora, passados seis meses de estar fora de casa, sinto uma falta desta menina e da atenção e amor que ela dava mesmo sem pedir... Vou montes de vezes a Lisboa para estar com a minha mãe e aproveito sempre para subir até casa para ter mais um bocadinho daquela festa ao abrir a porta, daqueles saltos doidos de alegria e daqueles miminhos bons da minha bicha!
É engraçado como somos capazes de viver uma vida inteira tão bem com um ser que não fala connosco, só nos ama por instinto!
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Esta é a nossa casa. O nosso T3 para dois.
De Lisboa para Almada, com o sonho de voltar a Lisboa!
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